Fatumata Turé em 2003 entregou a faca, Em Farim – norte da Guiné-Bissau, numa cerimónia pública de juramento contra a excisão.
(Carta da Fatumata Turé ao Projecto Djinopi - Julho 2010)
Eu, Fatumata Turé fui fanateca durante muitos anos. Através desta prática consegui sustentar a minha família. No entanto fui convidada a participar no projecto Direito das Mulheres em 2003 e abracei este projecto de muita importância para a defesa dos direitos das crianças, das mulheres e da sociedade em geral. A partir daquele momento jurei que nunca voltaria a fazer essa prática (excisão) mas durante 5 anos da minha vida até ao presente não foi criada nenhuma condição necessária ou adequada para o sustento da minha família. Por isso peço para me ajudarem com um pequeno terreno para construir uma casa onde vou estar com a minha família até à morte. Por outro lado tenho dificuldades em pagar as propinas para a escola dos meus filhos e netos e não tenho ninguém na família que me pode ajudar. Peço para me ajudarem a criar condições.
Fatumata Turé
É fácil estar contra práticas consideradas incorrectas e até mesmo criminosas,quando temos a nossa casa, quando o nosso trabalho está garantido e os nossos filhos não passam necessidades. Difícil é fazê-lo quando é dessas práticas que depende a sobrevivência dos nossos.
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