Saturday, July 10, 2010

Cabral, cidadão do mundo!






















Passeava eu, ao fim da tarde, pelo porto de Bissau. Procurando lugares na minha memória.

E vi-te Cabral. Na tua pequena estátua, olhando para além do Rio Geba, cruzando o sul e viajando pelo continente. Cabral, cidadão do mundo.

E olhei-te mais uma vez. O monumento que deveria estar limpo estava rodeado de ervas daninhas. Nas tuas costas um monte de lixo. E uma mulher louca tomou-te como lugar de viver a desesperança.

Tu Cabral que és o pai e a mãe desta nação guineense, estás só, sem ninguém a cuidar de ti.

Um dia, nas ilhas distante, ouvi: Kabral ka muri!

Quantas vezes te estão matando? Quantas vezes, Cabral?

Quando acaba esta morte prolongada?

E o meu coração se aperta na tua infinita tristeza.


8 comments:

  1. Há momentos tristes na vida e na morte.

    ReplyDelete
  2. Assim é o mundo! Lá como cá, os homens bons não são valorizados, talvez porque os medíocres tenham medo do seu valor.

    ReplyDelete
  3. Paulinha: como vais? Não deves ter visto os meus comentários aos posts mais antigos: É que finalmente consegui perceber o esquema :era preciso estar inscrita numa conta.
    Beijinho grande!

    ReplyDelete
  4. Minha Amiga,
    Tenho visto os teus comentário e estou-te agradecida. Assim, nesta lonjura, vamos partilhando sentimentos, amores e desmores.

    ReplyDelete
  5. Os desamores são mais que muitos, não há nada que aqueça a alma!

    ReplyDelete